Monday, May 14, 2007

Maria ou Jesus, quem tem a solução

Introdução… Estamos inseridos num país religioso. No país onde vivemos o cristianismo é a religião predominante, no entanto a vivência prática desse cristianismo é diminuta. Mas independentemente da vivência prática do cristianismo, todos o Portugal admira duas personagens bíblicas, são elas Maria e Jesus.
O meu objectivo nesta tarde é ponderar sobre um acontecimento em que ambos estavam presentes. Isso aconteceu num casamento em Caná da Galileia.

1) Maria não teve solução para a falta de vinho

a) O pedido de Maria… Jesus juntamente com os seus discípulos e Maria, estavam presentes num casamento onde algo estranho aconteceu. Nesse casamento faltou o vinho (João 2:3), o que era trágico.
Maria, perspicaz, apercebeu-se do facto, dirigiu-se a Jesus e disse-lhe, “Eles não têm mais vinho” (João 2:3). A essa observação de Maria, Jesus respondeu, “Mulher, que tenho eu contigo?” (João 2:4).
Maria sai da presença de Jesus sem conseguir resolver o problema do casamento. O vinho continuava a faltar.

b) Maria percebe que a solução não está nela e aponta a solução.
No regresso Maria disse, “fazei tudo o Ele vos disser” (João 2:5). Maria naquele momento percebeu que não tinha solução. Ela sabia quem tinha solução, Jesus, mas a solução não estava nela nem no seu pedido. A solução para que algo acontecesse naquele casamento era colocar Cristo como Senhor da cerimónia e aí sim Ele faria alguma coisa.
Mas a primeira verdade que pudemos retirar desta história é que Maria não teve solução para a falta de vinho, ela só indicou a solução.
A verdade é que Jesus solucionou o problema, pois Ele transformou água em vinho se transformou.

2) Maria não teve solução para o pecado do ser humano


Mas não foi só nesta situação que Maria não teve solução. O maior problema que a humanidade enfrenta é o seu pecado e para esse problema Maria não teve resposta. A Bíblia diz o seguinte sobre Jesus ainda antes que este nascesse, “Ela (Maria) dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque Ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mateus 1:21).

a) Maria trouxe a solução ao mundo… O texto que lê-mos diz claramente que de Maria sairia aquele que salvaria o mundo, e por isso ela merece o nosso respeito, mas nunca a nossa adoração ou veneração, pois Jesus disse “Ao Senhor teu Deus adorarás” (Mateus 4:10) e Maria havia dito para fazermos tudo o que Jesus dissesse. Assim sendo aqueles que a adoraram vão contra aquilo que ela própria proferiu.

b) Maria não era solução… Apesar de Maria ter trazido a solução ao mundo, ela própria não foi a solução. Deus havia dito “Ele (Jesus) salvará o seu povo dos pecados deles”. É extremamente importante para todos nós termos esta noção, Jesus é a solução para o pecado. Não era Maria a solução, era Jesus.


3) O pecado

a) O preço do pecado… A bíblia é extremamente clara no que toca ao preço que todo o ser humano, que peca, tem de pagar, “porque o salário do pecado é a morte” (Romanos 6:23). Quando a Bíblia se refere a salário, pretende transmitir a ideia de um pagamento justo pelo que se fez; ou seja, o que merecemos receber por pecarmos é a morte.
Da mesma forma a bíblia é extremamente clara ao dizer “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Romanos 3:23); ou seja, porque todos pecamos, o que merecemos receber, pela prática do pecado, é a morte, o afastamento de Deus.

b) A solução do pecado… Pensemos; a Bíblia é um livro que levanta problemas, o pecado, mas que também apresenta a solução para os problemas. A Bíblia diz que “sem derramamento de sangue não há remissão de pecados” (Hebreus 9:22); diz também que esse sangue não poderia ser de animais, “Porque é impossível que o sangue dos touros e dos bodes tire os pecados” (Hebreus 10:4). A solução era que um homem puro, sem erros, vertesse o seu sangue em nosso lugar e esse homem foi Jesus.

c) A morte de Jesus… Diz a Bíblia “que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que (fomos) resgatados da vossa vã maneira de viver que por tradição recebestes dos vossos pais, Mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado,” (1ª Pd 1:18-19).
A tradição não nos salva; não é por seguirmos aquilo que recebemos dos nossos pais, ainda que seja a religião, que somos salvos, mas através do precioso sangue de Cristo.
A sua morte foi suficiente, não são necessários mais sacrifícios pois a Bíblia diz “Mas este, havendo oferecido para sempre um único sacrifício pelos pecados, está assentado à destra de Deus” (Hebreus 10:12).

4) Cristo ressuscitou

Mas a Bíblia diz claramente que apesar da morte de Jesus ter sido aceite em lugar da nossa morte, não era suficiente se Cristo não ressuscitasse e ainda estaríamos debaixo do salário do pecado, “E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados.” (1ª Co 15:17). Mas a Bíblia diz claramente que “de facto Cristo ressuscitou” (1ª Co 15:20). Diz ainda que “Porque, se nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte do seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida” (Romanos 5:10).

Conclusão… vimos no inicio que Maria não teve solução para a falta de vinho, apesar de ter apontado a solução.
Observámos também que Maria não era a solução para o pecado do ser humano, apesar de ter colocado a solução no mundo.
Observamos que o pecado coloca o homem numa sentença de morte e que a única solução para o pecado é o derramamento de sangue, não de animais, mas de um ser humano perfeito e puro e esse é Cristo.
A sua morte reconcilia Deus com o Homem e a sua ressurreição garante-nos a vida eterna a todo aquele que nele crer.

19 comments:

Nuno =] said...

Explica-me uma coisa: depois deste texto, que escreveste há meses, ninguém fez um único comentário? É um desperdício não te dizer que vês as coisas bastante bem.

Nuno =] said...

Dizes que és um rapaz estranho. Isso é o que parece. (Os animais é que se classificam ou definem uns aos outros pelo padrão dos respectivos produtos. Podes rir e chorar, acusar e louvar, mas és tu que choras e ris, que acusas e louvas, e não essas coisas que te fazem a ti, nem portanto elas te podem definir ou representar.)

Nuno =] said...

Por isso mesmo és o padrão de tudo aquilo que fazes. Um padrão que não acredito que alguém comum seja capaz de reconhecer (uma vez que tu próprio exprimes que pareces algo estranho, mas isso não podes parecer a ti próprio a menos que estejas a mentir).

Nuno =] said...

Sabes bem que Jesus seguramente riu e chorou, amou e amaldiçoou, e tudo o que ele fez e viveu foi justo e por isso mesmo rigoroso. Por isso compreendes o que estou a dizer.

Nuno =] said...

Por isso mesmo vês que os seres humanos já não sabem quem são nem o que são (nunca souberam, se não sabem; mas na modernidade eles assumiram muitas obras, por possuirem um padrão comum entre eles, um padrão geral que definem e com que são definidos entre si).

Nuno =] said...

O meu comentário a este texto é que a água, que é extremamente apropriada para o género humano (tão apropriada quanto o define), do que é imagem haver água por defeito naquela ceia (i.e. ela não ter sido buscada por nenhum homem uma vez que já era antes dessa mesma possibilidade), foi transformada pelo Demiurgo naquilo que os homens (dela) desejavam e (se) desejaram (o vinho representa o eu indevido, o tipo humano adulterado), uma vez que Ele é demiurgo e os seres para quem a água estava destinada quiseram vinho.

Nuno =] said...

E note-se uma coisa: o Deus Encarnado não é demiurgo das coisas mas dos seres do tipo que Ele Personifica (os humanos). Eles, sem saberem, procuraram-se no vinho, quando a Fonte da água estava simplesmente presente. Lá vamos nós então novamente à precedência (i.e. a maior importância [notaste que Maria voltou a Jesus para Lhe pedir o que era devido ou justo aos homens]) do doador sobre o dom, da origem sobre o produto.

Nuno =] said...

E recordamo-nos de que o divino Moisés preferiu a Pessoa demiúrgica aos bens que Ela é capaz de fazer.

Nuno =] said...

E mais uma coisa Daniel: gosto bastante de ti.

Nuno =] said...

nunoavicente@hotmail.com (n tenho perfil no blogger)

Nuno =] said...

Se aqueles homens não davam valor à água também não podiam dá-lo Àquela Pessoa e vice-versa. Isto é expresso pelo desejo de que houvesse vinho para beber (sede vínica). E eles negligenciaram (o Inglês 'to dismiss') a própria água, que é tão grave como negligenciar a própria Pessoa divina que por uma graça inumana estava lá presente na ceia daqueles mesmos homens (nem mesmo uma ceia celestial nem nada que se pareça, era uma boda).

Nuno =] said...

Maria é a Pessoa do Ventre Divino.

Nuno =] said...

Cristo é a Pessoa nascida desse Ventre (Messias, Renovo, Filho de Deus, ..., i.e. Pessoa divina m.q. Espírito Santo [note-se que é o Espírito do divino que encarna na divina e santa Encarnação]).

Nuno =] said...

Porque os homens negaram, por natureza (ams não por definição), a água da vida, é que em vez de preservarem Cristo consumiram o Seu SS Corpo, derramando por conseguinte o tão santo Sangue dele (como um copo de água quebrado).

Nuno =] said...

Então, como aquele rio egípcio, foi-lhes feito que essa água se transformasse em sangue (este representa a humanidade por oposição à imaculada divindade).

Nuno =] said...

Disseste bem: trágico para aqueles homens não era absterem-se de reconhecer o Messias na SS pessoa de Jesus, mas sim a ausência de vinho (i.e. daquilo que desejavam para si mesmos, o bem humano feito pelo próprio destinatário e que portanto em vez de o purificar redunda-o).

Nuno =] said...

Procurando vinho, procuravam-se a si mesmos e não à Verdade (esta é o m.q. Pessoa divina, Fonte, Origem, Modelo).

Elisheba said...

Magnificamente bem explicado!Gostei muito de ver aqui exposte de forma muito clara a VERDADE ACERCA DE MARIA!

"Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida, NINGUEM VEM AO PAI SENAO POR MIM!-Jesus

A mentira e idolaria sao grandes, e a consequencia é grave:CEGUEIRA ESPIRITUAL!

Klatuu o embuçado said...

Que parvoíce pegada.